Arquivos preservação - Lara Martins Advogados https://laramartinsadvogados.com.br/tag/preservacao/ Escritório de advocacia especializados em demandas de alta e média complexidade. Mon, 11 Sep 2023 20:04:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://laramartinsadvogados.com.br/wp-content/uploads/2023/07/cropped-LM-favico2--32x32.png Arquivos preservação - Lara Martins Advogados https://laramartinsadvogados.com.br/tag/preservacao/ 32 32 O Cerrado Somos Nós https://laramartinsadvogados.com.br/artigos/o-cerrado-somos-nos-2/ Mon, 11 Sep 2023 20:04:29 +0000 https://laramartinsadvogados.com.br/?p=7997 No Brasil, desde 2003, ficou instituído o dia 11 de Setembro como o Dia Nacional do Cerrado. A data tem sua importância para servir de estímulo para a sociedade e as autoridades pensarem em ações voltadas a seu favor e, também, foi escolhido em homenagem ao ambientalista Ary José de Oliveira, o “Ary Pára-Raios”, defensor dos direitos humanos e do meio ambiente, que transformou a cultura do bioma Cerrado.

A Savana brasileira, conhecida popularmente como Cerrado, é a maior em biodiversidade do planeta, abrigando cerca de 160 mil espécies. O seu território originalmente constituído, o faz ser a segunda maior formação natural do continente sul-americano, atrás somente da Floresta Amazônica. Em toda sua extensão, o Cerrado ocupa 2.036.448 km2, equivalente a 22% do território nacional.

A sua ocupação territorial se expande entre as regiões Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste. Respectivamente nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Rondônia, Amazonas, Roraima, Bahia, Maranhão, Piauí além do Distrito Federal e uma pequena mancha quase que extinta no estado do Paraná.

Ambiente típico do planalto central, o solo do bioma Cerrado é extremamente poroso, o que faz com que a água das chuvas penetre com mais facilidade e rapidez e, por esse motivo, estudiosos classificam a região do planalto central como a caixa d´água do Brasil. Sabe-se que é nessa região que encontram as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul: Amazônica/Tocantins, São Francisco, Prata e o principal alimentador do segundo maior aquífero do mundo – o Aquífero Guarani.

Do ponto de vista da diversidade biológica, o Cerrado possui uma imensa variedade de plantas, são cerca de 10 mil espécies catalogadas distribuídas entre as vegetações herbáceas (espécies de estatura mais baixas – exemplo das gramíneas), arbustivas (árvores pequenas) e arbóreas (árvores média/grande porte).

No que tange a fauna, o Cerrado abriga quase três mil espécies de animais, entre aves (830), mamíferos (200), répteis (180) entre outros, o que o classifica um hotspots da biodiversidade do planeta, ou seja, espécies que só existem neste ambiente e que vem sendo rapidamente destruído. Por isso da necessidade e da importância de sua proteção.

Outra característica do Cerrado é a sua ampla diversificação fitofisiológica determinada por um mosaico de paisagens como Cerrado Típico ou Cerrado Sensu Stricto formado por estratos vegetais de três a oito metros de altura; Cerrado Campo Limpo formado por gramíneas e poucos arbustos de até um metro de altura; Cerrado Campo Sujo formado por arbustos espaçados de até dois metros de altura; Cerradão formado por composição mista de cerrado de mata de galeria e mata seca; Veredas onde se localizam as formações de olhos d´água dentre outros.

Além dos aspectos ambientais, é no Cerrado que se encontra a maior comunidade de remanescentes de quilombola do país. Estes habitam há mais de 250 anos vilarejos no nordeste do estado, em especial na APA de Pouso Alto (Cavalcante, Monte Alegre de Goiás e Teresina de Goiás – Chapada dos Veadeiros), região onde se localiza as mais belas paisagens, fauna e flora do bioma cerrado.

Porém, não são os kalungas os habitantes mais antigos da região. Os mais antigos a habitar este chão são os povos indígenas. Quando os colonizadores aqui chegaram, etnias como Karajás e Xavantes (que habitam a região do Vale do Araguaia), Avá-Canoeiros (Serra da Mesa), Krahôs, Tapuia, Xerentes, entre outros, já ocupavam o Cerrado brasileiro e sobreviviam por meio da caça e da coleta de alimentos.

Da sua importância biológica, hidrológica e dos povos tradicionais que já habitaram, o Cerrado é o bioma que menos possui áreas sobre proteção legal. Ao lado da Caatinga, sequer foi mencionado na Constituição Federal de 1988 como Patrimônio Natural, diferentemente da proteção dada a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira que são considerados patrimônio nacional, de acordo com o artigo 225, §4º, da Constituição brasileira.

Mas, nem por isso, deve ser desconsiderado e desprotegido pelo Poder Público e pela sociedade como um todo. Portanto, ações voltadas para o Cerrado brasileiro revelam-se essenciais, e que as datas comemorativas, como esta, sirvam para conscientização da importância desse bioma por todos nós.

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Entrevista Luciana Lara Sena Lima. Portal R7. Governo busca doação dos Estados Unidos para o Fundo Amazônia https://laramartinsadvogados.com.br/noticias/entrevista-luciana-lara-sena-lima-portal-r7-governo-busca-doacao-dos-estados-unidos-para-o-fundo-amazonia/ Wed, 01 Mar 2023 15:55:28 +0000 https://laramartinsadvogados.com.br/?p=7753 https://noticias.r7.com/brasilia/governo-busca-doacao-dos-estados-unidos-para-o-fundo-amazonia-28022023

Entrevista concedida pela advogada, sócia do Lara Martins Advogados, especialista em Direito Ambiental, Dra. Luciana Lara Sena Lima para o portal R7.

 

_Leia abaixo na íntegra.

 

O governo federal está atrás de doações estrangeiras, como a dos Estados Unidos, para o Fundo Amazônia, que busca financiamento para projetos de redução do desmatamento e de fiscalização dos biomas. Paradas desde 2019, por decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), as atividades de política pública ambiental estão sendo retomadas aos poucos, com foco na população indígena.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou durante agenda em janeiro que “os projetos ficaram no limbo”. “Se os tomadores tiverem interesse em continuar, eles voltarão a tramitar”, afirmou a chefe da pasta, que tem articulado doações de outros países para o fundo.

O governo fechou apoio com os Estados Unidos durante o encontro de Lula com Joe Biden, em Washington, no último dia 10. No entanto, não informaram os valores que devem ser disponibilizados, tampouco quando.

No dia 27 de fevereiro, após reunião com o enviado especial americano para o clima, John Kerry, em Brasília, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, disse que o assessor de Biden não detalhou qual será a quantia doada, mas que concentrará esforços na captação dos recursos, inclusive com a iniciativa privada. Marina Silva também participou do encontro.

Uma eventual doação americana elevaria o patamar do fundo, que já é reconhecido por sua atuação, e aumentaria possivelmente as chances de outros países fazerem o mesmo. França, Espanha, Reino Unido e União Europeia já manifestaram interesse em apoiar, mas não informaram qual seria a quantia doada nem quando.

Reativação do fundo

No início de novembro de 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu à União o prazo de 60 dias para que adotasse as providências administrativas necessárias para a reativação do fundo, sem novas paralisações.

Em 2023, foi reaberto após decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinado no dia de sua posse. Desde a criação, o mecanismo já captou mais de R$ 3,39 bilhões, oriundos da Noruega (R$ 3,18 bilhões), Alemanha (R$ 192,6 milhões) e Petrobras (R$17,2 milhões).

Inicialmente, a retomada do fundo é marcada por ações de proteção a povos indígenas e de fortalecimento da fiscalização ambiental. Nessa fase, o comitê vai analisar 14 projetos que estavam aprovados. As novas propostas devem abranger prioritariamente três áreas: monitoramento e controle, apoio às populações indígenas e estudos para ordenamento territorial.

Já existe R$ 1,8 bilhão de valores aprovados pelo fundo, sendo R$ 853 milhões para operações de comando e controle, R$ 455 milhões para produção sustentável, R$ 253 milhões para ordenamento territorial e R$ 244 milhões para ciência e tecnologia.

Um dos alvos deve ser a Terra Indígena Yanomami, que atualmente vive uma crise sanitária, com registros de casos graves de malária e de desnutrição. O garimpo ilegal e a ausência de medicamentos e políticas de saúde agravam a situação da comunidade local, de 30 mil habitantes, localizada no meio da floresta amazônica.

Um dos acertos das articulações para doações foi com a Alemanha, que vai transferir R$ 1,1 bilhão para ações socioambientais no Brasil. Desses, 35 milhões de euros vão para o Fundo Amazônia. Não há data para o envio dessa quantia.

Entenda o fundo

O Fundo Amazônia foi criado por meio do decreto 6.527, de agosto de 2008. O texto autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a realizar a gestão do mecanismo, com a função de captação de recursos, da contratação e do monitoramento dos projetos e ações apoiadas.

O objetivo é captar dinheiro para ações. Entre as áreas dessas propostas estão, entre outras, controle, monitoramento e fiscalização ambiental; manejo florestal sustentável; atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da vegetação; regularização fundiária; conservação e uso sustentável da biodiversidade; e recuperação de áreas desmatadas.

As doações ocorrem quando há redução nas taxas de desmatamento na região. “Não há um limite para as doações oriundas de países estrangeiros. E essa captação de recursos é baseada em programas que têm efetividade na redução das emissões dos gases de dióxido de carbono”, explica a advogada especialista em direito ambiental Luciana Lara Sena Lima.

A gestão do fundo, que passa por dois processos de auditoria, também é feita com os comitês técnico e orientador, com a presença de membros do governo federal, dos estados da Amazônia Legal e da sociedade civil organizada. A próxima reunião do grupo vai ocorrer no mês de maio. Até lá, segundo apurou a reportagem, deverá estar concluída a revisão do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal.

O artigo 8 do decreto que criou o fundo determina que as reduções de emissões de gás carbônico, regra básica para os projetos, são reconhecidas pela Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e, portanto, são aceitas na meta do Acordo de Paris. Daí a importância do mecanismo. Os países que fazem as doações adotam políticas alinhadas com o combate de desmatamento e a preservação de biomas.

Uma das críticas, porém, é em defesa do endurecimento da atuação do Judiciário e do Executivo.

 

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Parabéns Goiânia – a cidade mais arborizada do Brasil https://laramartinsadvogados.com.br/artigos/parabens-goiania-a-cidade-mais-arborizada-do-brasil/ Mon, 24 Oct 2022 18:23:00 +0000 https://laramartinsadvogados.com.br/?p=7626 Por Luciana Lara Sena Lima

 

Nesta segunda-feira, 24 de Outubro de 2022, Goiânia completa 89 anos. Essa jovem e promissora capital brasileira que tanto nos orgulhamos de sua história.

O lançamento da pedra fundamental ocorreu em de outubro de 1933, tendo como fundador da nova capital o político Pedro Ludovico Teixeira.

Nós goianienses somos privilegiados por morarmos na capital mais arborizada do Brasil e com um alto índice de desenvolvimento, estando entre as dez mais desenvolvida.

Goiânia, essa jovem capital, já é a cidade mais arborizada do Brasil dentre os municípios com mais de um milhão de habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com 89,5%. Além disso, conta com 94 m² de área verde por habitante.

E não foi possível chegar e manter nesse índice, sem programas voltados para esse incentivo.

Recentemente, a prefeitura lançou o programa Disque-Árvore, que irá fornecer, gratuitamente e em domicílio, mudas de árvores para serem plantadas em calçadas e residências de Goiânia com o objetivo de ampliar a cobertura vegetal da cidade.

Tal medida, vai ao encontro do que temos preconizado em nossa Constituição Federal, em especial nos artigos 182 e 225, em as políticas urbanas tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes, além de promover o equilíbrio ecológico essencial a nossa sadia qualidade de vida.

O novo Plano Diretor de Goiânia, que atualizou a atual legislação urbanística, entrou em vigor no dia 1º de Setembro, tem o enfoque ambiental de planejamento na definição do modelo de desenvolvimento do Município.

O artigo 11, do novo Plano Diretor trouxe que a estratégia de sustentabilidade socioambiental objetiva o desenvolvimento local e regional sustentável do Município, garantindo a qualidade de todo o seu Patrimônio Ambiental, por meio da proteção, da preservação, da recuperação, da conservação, do uso e da ocupação do território e de seus aspectos ecológicos, paisagísticos, culturais, arqueológicos, históricos, monumentais e científicos.

Além de programas próprios voltados para a conservação do meio ambiente, como o I – Programa de Valorização do Patrimônio Ambiental; II – Programa de Proteção e Gestão dos Recursos Hídricos; III – Programa de Promoção do Saneamento Ambiental; IV – Programa de Gerenciamento de Riscos e Controle da Poluição Ambiental; V – Programa de Promoção da Educação Ambiental; VI – Programa de Política e Gestão Ambiental, dentre outros.

Que possamos valorizar os incentivos ambientais em nossa querida Goiânia, e contribuir com a promoção de uma cidade cada vez mais ambientalmente sustentável.

Vida longa à Goiânia!

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